segunda-feira, 28 de novembro de 2011

XVIII Festibandas de Teresina

Orquestra Jovem de União na 3ª noite do festival
  • Nos dias 23, 24 e 25 de Novembro, acompanhei a realização do XVIII Festival de Bandas de Teresina, uma realização da Prefeitura Municipal de Teresina através de seu órgão gestor das ações culturais – Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves.
Foi emocionante constatar a grandeza do movimento musical das bandas de músicas da nossa região e perceber a elevação do nível de suas apresentações, com algumas bandas-escolas chegando atingir um nível similar às profissionais.

A infraestrutura e a organização do evento também melhorou muito, principalmente no que diz respeito ao audio que foi com qualidade profissional. Vários bandas apresentaram-se durante os três dias do festival, pra ser mais preciso, vinte e oito bandas entre profissionais e bandas-escolas; algumas com bons uniformes, outros não; e no que diz respeito a carga instrumental a maioria de boa qualidade.

Constatei também a gradativa evolução técnica da regência, por alguns jovens maestros que estão tendo uma oportunidade de crescerem juntos com seus grupos.  O número de bandas de nível técnico-musical comprometedor foi mínimo. Tudo isso dá mostras de que o movimento das bandas de música no Piauí está no caminho certo e que, apesar das dificuldades existentes, a expectativa para os anos vindouros é altamente positiva. 

Entretanto, considerando que o progresso do movimento de bandas em nossa região depende de constantes melhorias e inovações, acredito que o próximo festival precisa ser bem melhor, pricipalmente no que diz respeito a uma definição regulamentar sobre a categoria dos grupos participantes que atualmente vivem uma ligeira confusão de identidade entre banda de música tradicional e big bands. Outro ponto para a analise é o repertório das bandas que, se por um lado precisa ser moderno e atual, por outro, não pode ser incoerente com a identidade cultural da banda de música tradicional.

  • O grande mérito do festival de bandas de Teresina ao longo de suas diversas edições, tem sido motivar as bandas para uma busca contínua da melhoria da qualidade, além de um espaço de integração onde cada grupo mostra o resultado do que foi trabalho durante o ano.

Sugestão para próximas edições do Festival

A qualificação dos mestres e músicos é uma questão que também pode ser inserida na organização do pròximo festival. Oficinas que abordem o aperfeiçoamento das metodologias do ensino coletivo para banda de música e oficinas de manutenção com cursos de reparos dos instrumentos musicais, creio que seja de grande valia.

  • O Festival de Bandas de Teresina existe há 25 anos e em sua primeira edição teve a frente o maestro Cariús no ano de 1987. Dede então é organizado no mês de novembro dentro das progamações alusiva a semana da música pela Prefeitura de Teresina. Em sua XVIII edição foi coordenado pelo maestro Vitalino Jr.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Orquestra Jovem de União - Pi


  • Em União, a atmosfera já não é mais a mesma. Está ambientada ao som de violinos, violoncelos, oboés, clarones, clarinetes e muitos outros instrumentos musicais. E mais do que isso, transforma a vida de meninos e meninas daquela cidade com uma atividade voltada para a promoção do desenvolvimento humano por meio da arte e da cultura.

A cidade de União - Pi, localizada a 56 km da capital do Estado do Piauí, vem transformando-se aos pouco em um modelo nos quesitos: inclusão social e musicalização de jovens. A prefeitura do municipio através do prefeito José Barros, implantou no ano de 2010 no municipio, o projeto "Orquestra Jovem de União", no intuito de promover melhores pespectivas de vida no futuro para as crianças e jovens da cidade. e desde de então o municipio colhe os bons resultados deste investimento.


O projeto "Orquestra Jovem de União" atende crianças e adolescentes de baixa renda da cidade através de oficinas de iniciação musical em instrumento de cordas friccionadas (violino, viola, violoncelo e contrabaixo), sopro (flauta, clarinete, trompete, saxofone, tubas e trombone), e instrumentos musicais de percussão.

  • O projeto tem a condução do maestro Rocha Sousa e conta com uma equipe técnica especializada no ensino musical de jovens nos diversos instrumentos musicais que compõem a orquestra sinfônica.
Na primeira etapa realizada no ano de 2010, o projeto formou a Banda Infanto Juvenil da cidade com 30 alunos da Escola Municipal Padre Luiz de Castro Brasileiro. Na segunda etapa do projeto realizada em 2011, a Prefeitura de União-Pi investiu na aquisição de instrumentos musicais visando a formação da Orquestra Jovem de União que foi lançada oficialmente em agosto/2011 e conta com 50 integrantes na faixa etária entre 07 e 13 anos.

Confira aqui como tudo começou:

  • Além do cunho social, a principal meta do projeto é transformar a cidade de União em um pólo musical-técnico regional e para isso toda equipe técnica envolvida no projeto trabalha com bastante afinco para que essas pretensões se tornem realidade.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Coral dos Vaqueiros de União-Pi

 

  • A Associação dos Vaqueiros da cidade de União-Pi criada em 30 de maio de 1984 visando fortalecer a luta do vaqueiro em busca do reconheciemto de seus direitos e mostrar o valor de sua cultura, resolveu criar o Coral dos Vaqueiros do município de União-Pi.
"Um coral típico formado só de vaqueiros cantando o abôio do sertanejo, seus lamentos, sua música de trabalho, a música do seu lugar, era inédito até então no Brasil. Através do coral temos tido a oportunidade ímpar para mostrar nossa cultura. Aliás, nossa cultura primeira, do tempo da colonização", argumenta o vaqueiro Chico Teófilo, presidente da Associação dos Vaqueiros de União, e justifica que os vaqueiros e os pescadores foram os primeiros profissionais que ajudaram e ainda ajudam a construir este país.

  • Como surgiu o coral
"Nós também tivemos a idéia de lançar o coral dos vaqueiros após a gente viver implorando apoio. Com a criação, nós passamos a pedir cantando, ou melhor aboiando, e com isto as coisas começaram a facilitar. Os governos começaram a entender e ajudar. A criação então foi para pedir cantando, o que antes fazia implorando. O coral prosperou e é admirado por muitas pessoas, principalmente gente que faz cultura e o jornalismo. Já nos apresentamos em vários estados e cidades do país, Fortaleza, Brasília, Piauí, Maranhão". 

Maestro Emmanuel Coêlho Maciel - conduzindo o coral em 2007
  • Associação dos Vaqueiros  
"A Associação dos vaqueiros foi criada no dia 30 de maio de 1984. A criação da associação trouxe a cidade de União para o mundo, porque foi lá que começou a história do vaqueiro no Brasil, aconteceu a primeira missa em homenagem a São Raimundo Nonato, que foi celebrada pelo Pe. Luis Brasileiro, que aliás, agora, está completando o seu centenário, que era o pároco da cidade em 1944, quando foi feita a primeira procissão dos vaqueiros no Brasil, puxada pelo padre e mais outros 14 vaqueiros". 


  • As Conquistas 
"Nós já criamos a Lei da Câmara Municipal que instituiu o Dia do Vaqueiro, o que veio dá mais condição e fortalecer essa cultura no município. Depois fundamos a sede própria. Em 1987, na época da Constituinte fomos a Brasília, no dia 03 de novembro, foi quando invadimos o Congresso Nacional de ternos de couro e a partir de então foi feita uma reportagem no Diário do Nordeste que mostrou a importância histórica do vaqueiro para o Brasil".

  • "Nós já temos também O Dia estadual do vaqueiro, o dia nacional proposto pelo deputado Nazareno Fonteles, conquistado em 2008 e sancionado pelo presidente Lula, que é comemorado no dia 29 de agosto em nível municipal, estadual e nacional".
"Criamos também a comenda do vaqueiro pelo governador Mão Santa. Todo ano tem essa ida na cidade de União do governador para entregar essa comenda e, que este ano, quem vai receber é um vaqueiro de José de Freitas e outro de Miguel Alves. Criamos também o sindicato do vaqueiro, que está no Ministério do Trabalho só esperando uma resposta para a gente poder aposentar o vaqueiro como vaqueiro e não como trabalhador rural", afirma o vaqueiro Chico Teófilo, presidente da Associação dos Vaqueiros de União.
  • Videos da festa do Vaqueiro nas cidades de Aroazes e União-Pi


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Orquestra Nostalgia no Palácio da Música

  • A Orquestra Nostalgia apresentarou-se no dia 28 de Julho, às 20h no Palácio da Música em Teresina. Conheça aqui um pouco da história da orquestra e saiba como foi o show.

A “Orquestra Nostalgia” nasceu em 2006 liderada pelo maestro Rocha Sousa, mas já existia desde de 2002 como um grupo de estudos da Escola de Música Adalgisa Paiva da UFPI intitulada Big Band EMAP. Com o tempo emancipou-se e transformou-se em uma orquestra profissional experimentada que proporciona aos ouvintes de todas as faixas etárias e classes sociais, um repertório orquestrado com músicas que a mais de um século emociona as mais diversas gerações.

Desde sua criação a “Orquestra Nostalgia” já realizou diversos shows, mostrando um repertório versátil, despido de qualquer tipo de preconceito, que inclui desde os temas das orquestras de salão tradicionais, entre outros diversos estilos musicais consagrados.

A “Orquestra Nostalgia” é composta por vinte e dois músicos profissionais, todos compromissados com a qualidade da música popular. São cinco saxofones, um clarinete, quatro trompetes, quatro trombones, dois cantores, guitarra, teclado, baixo, bateria e percussão.

  • No vocal a “Orquestra Nostalgia” tem o cantor Chico Ratum um dos últimos cronner representante das grandes vozes das orquestras de salões, interpretando os clássicos românticos da música popular internacional com arranjos elaborados especialmente para sua voz. A “Nostalgia” tem ainda a linda voz das cantoras Mira e Leni que interpretam clássicos da música popular brasileira.
Para conferir alguns momentos do show com a "Orquestra Nostalgia", basta assistir aos videos abaixo.



terça-feira, 19 de julho de 2011

Banda de Música da PMPI Completa 136 Anos

  • No lugar de armas e munições, trombones, trompetes, clarinetes, saxofones e outros instrumentos musicais. Fica de lado também o som das sirenes que dá espaço à melodia dos instrumentos. Por fim, sai a figura do comandante e entra o papel do maestro. Essa é a Banda de Música da Policia Militar do Piauí.

Ao completar 136 anos de existencia em 17 de julho de 2011, a Banda da PMPI reflete os elementos essenciais para a sobrevivência e a manutenção de qualquer conjunto musical: organização, disciplina e dedicação.

Para comemorar o 136º aniversário de criação da banda, a Policia Militar do Estado do Piauí organizou no dia 18/07/2011, uma solenidade alusiva a data no auditório de ensaio da banda no quartel do CFAP. A solenidade foi presidida pelo Cmt Geral da PMPI e contou com a presença dos Cmts de Unidades, de ex-integrantes da banda e de familiares dos músicos.

Durante a solenidade houve uma apresentação musical da banda, homenagens para os ex-maestros que receberam placas alusivas a data e decerramento de um quadro com uma foto histórica da banda de 1962.

O Papel das Bandas Militares
  • No Brasil, os músicos militares exercem um papel relevante na sociedade brasileira desde os tempos coloniais. Porém, não mais motivados somente pelos combates e batalhas, mas principalmente através de suas apresentações cívicas, religiosas e muito mais sociais do que no início da história da música em ambiente militar.
Ainda hoje a banda de música militar permanece mantendo a sociedade brasileira com boa música e bons músicos, aceitando em seus quadros jovens instrumentistas que encontram na vida militar aliada à formação musical um modo de inclusão social.
  • Neste contexto se inserem as bandas de música das Polícias Militares, que além de desenvolverem trabalho de segurança pública ostensiva, mantêm em seu contingente um quadro de músicos objetivando a conservação das tradições musicais e cívicas de bandas militares.
Em consonância a esta realidade, a Província do Piauí, baseada na lei, resolução nº. 909 de 17 de julho de 1875, criou a banda de música da força policial da Província do Piauí, hoje Banda de Música da Polícia Militar do Estado do Piauí, que iniciou suas atividades, tendo como primeira formação 20 (vinte) músicos. Desde então, o grupo executa além de repertório voltado de forma mais especificamente para a caserna, também atua intensamente em atividades junto sociedade civil em geral.

Monção de Louvor à Banda PMPI
  • Nesse momento em que a Banda PMPI comemora 136 anos de atividade musical, foi aprovado por unanimidade na camara municipal de Teresina uma "Monção de Louvor à Banda da PMPI" pelos excelentes serviços público prestado ao longo de seus 136 anos de história. A proposta da Monção de Louvor à brisosa banda PMPI foi uma inciativa do vereador Edivaldo Marques (Ex-Cmt da PMPI), a quem nos associamos nessa homenagem e a todos que nesse momento reconhecem a contribuição significativa da Banda PMPI para o desenvolvimento da cultura musical no estado do Píauí.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Banda de Música de União na Cidade de Altos - Pi

  • A Banda Mirim da Escola Padre Luiz Brasileiro da cidade de União-Pi participou da comitiva de unionenses que viajaram no dia 06-07-2011 a cidade de São José dos Altos - Pi, a fim de participar do inicio das comemorações do centenário de nascimento do Padre Luiz de Castro Brasileiro.

Prof. Ferreira idealizador do projeto fazendo seu discurso durante a solenidade
 Texto: Marcelo Cruz (Gerente de Cultura e Arte de SEMEC de União).
Padre Luis de Castro Brasileiro nasceu no dia 07/09/1912, na cidade de Jerumenha – PI. Foi ordenado sacerdote no dia 08/12/1940 por Dom Severino, no dia 15/10/1942 assumiu a Paróquia de Nª Senhora dos Remédios em União e aqui permaneceu até 1961. 

Sacerdote dinâmico e articulado conseguiu para nossa cidade uma série de benefícios, entre os quais podemos citar: Ajudou a construir o Cine-Teatro (salão) Paroquial, primeiro e único teatro de nossa cidade; fundou o tradicional colégio Patronato Maria Narciso; Participou da comissão de fundação do Ginásio Felinto Rego; montou uma amplificadora, proporcionando a grande população que não tinha acesso a informação, ouvir as rádios AM´s da época; engrandeceu a festa de S. Raimundo Nonato com a noite dos vaqueiros, no dia 29.

Foi formada então em União uma comissão, organizada pela paróquia Nossa Senhora dos Remédios, com o objetivo de festejar o centenário de nascimento desse grande sacerdote. Dessa forma as celebrações se iniciaram ontem na cidade de Altos, ultima cidade em que foi pároco e, que veio a falecer no dia 06/071980, portanto há 31 anos.

A Prefeitura Municipal de União, então, disponibilizou um ônibus que levou uma comitiva de 50 pessoas a cidade de Altos, composta pela referida comissão organizadora, os músicos da Banda “Padre Luis de Castro Brasileiro”, grupo de vaqueiros, e alunos da U.E. Filinto Rêgo. Além desse esteve também presente um grupo de 15 pessoas, parentes do padre Luis, vindos de Teresina.

Foi celebrada então uma missa em memória do referido padre, e em seguida a comissão organizadora sublinhou os objetivos das comemorações para os presentes na igreja. Logo depois aconteceu uma apresentação de “Aboios” de vaqueiros de União, e por fim, fechando com chave de ouro, uma belíssima apresentação da Banda “Padre Luis de Castro Brasileiro”, a qual emocionou a todos.


  • Além desse evento realizado na cidade de Altos - Pi a banda Pr. Luiz de Castro Brasileiro vem se destacando em cada apresentação que faz nos eventos que participa.

sábado, 2 de julho de 2011

I Festival de Música Instrumental de Teresina


  • Acontece de 04 a 09 de Julho na cidade de Teresina o "I Festival de Música Instrumental de Teresina", uma boa oportunidade para os músicos da cidade apefeiçoarem-se com excelentes professores de nivel internacional e para a cidade que ganha em um mês de férias uma movimentação com uma intensa atividade musical.
Os festivias de música ou festivais de inverno como queiram, têm em Campos do Jordão seu grande modelo. O Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, que chega a sua 42ª edição como o maior evento do gênero na América Latina, foi criado em Estado de São Paulo pelo compositor Camargo Guarnieri, em 1970. Em 1973, no entanto, a chegada de Eleazar de Carvalho à direção artística do evento daria a ele a estrutura que o caracteriza até hoje: a mescla entre cursos de música e uma extensa programação de concertos.
  • Este modelo de festival de música acabou disseminando-se no pais e é chamado pelo maestro Reginaldo Carvalho de Piquinique Musicais”.
O principal papel de um festivial de música é tentam suprir a falta de escolas regulares de música, oferecendo aulas e master classes, permitindo aos alunos fazer contatos, conhecer repertórios diferentes, ouvir profissionais de boa qualidade e tocar em conjuntos especialmente formados para os festivais. Ao mesmo tempo, levam para a cidade em que se instalam uma programação musical a que a maioria delas pouco tem acesso ao longo do ano.



A formação da maioria dos jovens músicos piauienses se faz por meio de projetos sócio-educativos espalhados nos diversos municipios, como os oferecidos em Teresina pela Fundação Mosenhor Chaves através dos projetos "Banda Escola", "Orquestra Escola" e "Violão na Escola". Poucos podem ter uma formação básica formalizada, continuada e consistente por falta de escolas públicas de ensino musical. As exceções são o curso de música da UFPI, o curso técnico do Instituto Federal do Piauí (IFPI), antigo Cefet, e da Escola de Música de Teresina.
  • Outros organismos como o Música Para Todos e a Emap (Escola de Música Adalgiza Paiva) são projetos que fazem o papel de oferecer cursos gratuítos mas não conseguem suprir a falta das escolas públicas de música.
Então: seguindo essa tendência, ainda que tarde, a cidade de Teresina realiza o I Festival de Música Instrumental de Teresina, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Teresina através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves que há vinte e cinco anos fomenta as artes em Teresina-Pi.
  • O importante é que a cidade que já faz muito pela música através de diversos projetos e iniciativas, sendo exemplo regional, percebe que um festival de música é uma excelente oportunidade para promover a difusão e o ensino de música para todos.

sábado, 4 de junho de 2011

O Pionerismo da EMAP


  • Olá amigos que acompanham este blog, pedimos desculpas porque estivemos um pouco inativo no mês de maio devido a outras obrigações. Para começar o mês de junho, uma analise superficial sobre a importância do trabalho desenvolvido pela EMAP [Escola de Música Adalgiza Paiva] a parti de 2002 na UFPI, sob a direção do maestro Luizão Paiva.
Imagine uma escola de música popular profissionalizante instalada no interior de uma Universidade Federal com o firme propósito de formar músicos que estejam em coerência com as exigências que o mercado da musica requer.


Foi com esse propósito que em 2002 o maestro Luizão Paiva instalou na UFPI, a EMAP (Escola de Música Adalgisa Paiva). Uma escola livre onde as aulas de diversos instrumentos e técnicas musicais (piano, teclado, acordeon, guitar, bass, violino, violas, cello, flauta, saxofone, trompete, trombone, drums, composição, arranjo, etc.), são ministradas por mestres instrumentistas práticos. A relação da EMAP com a prática e o conjunto resultou em bons resultados em seu trabalho de formação musical.

  • A principal filosofia da EMAP sempre foi ser uma escola prática, onde o conteúdo teorico existe em função da pratica musical, ou seja: os alunos estudam para um fim especifico: TOCAR COM QUALIDADE PROFISSIONAL, o que parece obvio, mas quem conhece a realidade do ensino de música no Brasil sabe que esse é  o “Calcanhar de Aquiles” da maioria das escolas de musica do nosso país.
A EMAP iniciou suas atividades em 2002 nas dependências do DEA (Departamento de Educação Artística), espaço físico da UFPI destinado a formação de professores de arte (com habilitação em desenho, artes plastica e música, enquanto um anexo destinado a sede da escola era construido dentro do DEA. Quando a EMAP iniciou suas atividades nas dependências do DEA haviam poucos músicos entre os alunos do curso de artes e a EMAP já em seu primeiro seletivo consegui lotar aquele departamento com músicos iniciados que pretendiam apefeiçoar seus conhecimentos musicais.

  • A EMAP deu uma outra vida musical para DEA/UFPI, principalmente a parti de 2005 quando muitos de seus alunos entraram para o curso superior de educação artistica com habilitação em música provocando um outro olhar de mudanças para o departamento o que veio acontecer posteriomente a parti de 2008.
A EMAP nasceu do sonho do músico e senador da republica Alberto Silva e realizou-se a parti do momento em que o maestro Luizão Paiva, com reconhecidissima carreira musical como pianista jazzistico resolveu aceitar o convite de se radicar no estado do Piauí e dirigir o projeto. É inegável que por um lado o apoio político foi fundamental para criação da escola, mas por outro criou um certa oposição gratuita de muitos que eram ligados a outras correntes politicas e ficavam sempre torcendo para o projeto se inviabilizar.


Nos anos entre 2003 e 2009 a EMAP se transformou em um centro de referencia para os que pretendiam estudar música em Teresina. Ali jovens músicos das diversas regiões periferica da cidade e outros das áreas mais nobre se integravam com um objetivo comum: FAZER MÚSICA COM QUALIDADE PROFISSIONAL.

  • Muitos grupos musicais formados a parti das aulas de práticas de conjunto da EMAP passaram a atuar profissionalmente ou se perpetuar extra-escola como é o caso da Orquestra Nostalgia formada a parti da formação da Big Band EMAP com coordenação do prof. Rocha Sousa.
A EMAP com sua proposta de ensinar música popular e jazz antecipou no PIAUÍ ainda no ano de 2002, uma tendência que só anos depois passaria a integrar as boas escolas de músicas e conservatórios brasileiros.
  • A presença da EMAP no cenário do ensino da música popular redirecionou a forma de se estudar música em Teresina.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Simplicio Cunha: Um Mestre Multinstrumentista

  • Natural de Luzilândia - Pi, nascido em 1932, filho de Antônio Rodrigues da Cunha, aos 08 (oito) anos, já tocava cavaquinho nas festas com  seu pai que tocava harmônica de 08 (oito) baixos e tinha um conjunto formado só com os filhos. Aos 16 anos de idade, Simplício teve que se mudar para a cidade de Parnaíba-Pi, pois tinha que acompanhar seus pais que se mudava para aquela cidade.

Chegando em Parnaíba adquiriu seu primeiro instrumento de sopro, um clarinete. A parti de então iniciou sua aprendizagem de forma autodidata e em poucos dias já tocava várias músicas e assim continuou a tocar por 05(cinco) anos, depois deste periodo conseguiu também um saxofone e passou a estuda-lo, não demorou muito e logo em pouco tempo se tornou um dos melhores saxofonistas da cidade de Parnaíba passando a fazer parte dos melhores conjuntos musicais da cidade.

Com o sucesso musical veio também o reconhecimento por parte de muitos músicos e admiradores da música, que passaram a aconselhá-lo que ingressasse na Polícia Militar como músico. Só em 1958, ingressou como soldado nas fileiras da Polícia Militar do Piauí. Ali passou por varias graduações até atingir o posto de 1º Tenente-Regente sendo aposentado como Capitão. Na PMPI participou do conjunto “Os milionários” gravando um disco LP como solista de saxofone e clarinete e autor de quase todos os arranjos da gravação.


Foi também Presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, Secção do Piauí por mais de 03 (três) anos consecutivos, chegando a realizar na sua gestão grandes trabalhos em prol da valorização do músico.

 Além de instrumentista Simplício de Morais Cunha é compositor e arranjador. São de sua autoria mais de 40 composições de diferentes gêneros que fazem parte do repertório de diversas bandas de músicas brasileiras dente estas as bandas do 25º BC, da PMPI, da Prefeitura Municipal de Teresina, do IFPI, dentre outras. 

Sempre na procura de  melhorar seus conhecimentos musicais, o Maestro Simplício viajou por várias capitais do nosso estado, como: Brasília, Fortaleza, São Luis, Rio de Janeiro onde participou do 2º Encontro Nacional de  Educação Artístico Musical realizado pelo Conservatório Brasileiro de  Música do Rio de Janeiro, oportunidade em que manteve contato com outros grandes maestros brasileiros do meio musical das bandas de música, como: Abel Ferreira, Joaquim Naegeles, dentre outros.

  • Como regente atuou nas bandas da PMPI, da Banda 16 de Agosto, Bandas Infanto-juvenis do bairro Pro morar, Lourival Parente e Banda Municipais de Interior do Estado como, Batalha e Barras. 
  • Fez parte como instrumentista do grupo de choro “Turma do Chorinho”,  dirigido por José Lopes dos Santos nos anos de 1977 e 1978.

Na  sua carreira musical, com mestre de bandas já fazem mais de  30 (trinta) anos que leciona para alunos das mais variadas faixas-etárias, desde crianças, jovens e adultos, onde na sua maioria todos se tornaram grandes profissionais da música.

Além de tocar quase todos os instrumentos musicais de sopro, Simplício também aprendeu a tocar violão e piano, o último é o preferido para compor e fazer arranjos, mas não escondem a sua preferência pelo saxofone, clarinete e a  flauta transversal.

Simplicio também é um dos poucos músicos que conseguiu gravar suas músicas. Em 2001,  gravou o Cd Dissonância de um sax I, em 2004 gravou o Cd Dissonância de um Sax II e recentemente gravou o seu terceiro Cd, um trabalho musical que demonstra ainda uma nova habilidade musical descoberta pelo maestro a pouco tempo, a poesia, aplicada nas letras das músicas cantadas, todas de sua autoria. Na intenção de compartilhar das suas composições em família, Simplício contou com a participação de seus filhos: Maria Lúcia, Waldir Lima e Tenente Lima.

E assim o Maestro Simplício continua com seus trabalhos criativos e variados como podemos observar a variedade de gêneros nas composições da relação abaixo:

ABAIXO ALGUMAS DAS COMPOSIÇÕES DE
SIMPLÍCIO DE MORAIS CUNHA

  • Dobrado 21 de Abril - Banda de música
  • Dobrado 13 de Março - Banda de música
  • Dobrado 15 de Agosto - Banda de Música
  • Dobrado Dever do Aluno - Banda de Música
  • Canção da PMPI - Banda de Música
  • Fantasia Sinfônica - Banda Sinfônica
  • Estudo Sinfônico - Banda Sinfônica
  • Mambo do Piauí - Jazz Band
  • Relembrando um Clariente - Jazz Band
  • Frevo Mincharia - Orquestra de Frevo
  • Dissonância de um Sax - Chorinho

terça-feira, 17 de maio de 2011

Alberto Silva: Um Músico Na Politica

Alberto Silva [10/11/1918 a 28/09/2009]
  • Muitos o conhecem mais por seu trabalho realizado na politica piauiense como governador, senador e deputado, cargos que exerceu durante varios madatos pelo estado do Piauí. Profissionalmente ele se notabilizou como um administrador público ousado e de visão, porém poucos sabem, que por trás desse perfil de uma grande personalidade da nossa politica havia também uma faceta artistica pouco divulgada.
Dr. Alberto Tavares Silva, um dos maiores politicos da história recente do estado do Piauí era também um grande músico. Um pianista de mão cheia como dizem os músicos na giria musical ao se referi ao grande músico pianista. Com um vasto repertório voltado para a música popular e erudita o Dr. Alberto como era mais conhecido nunca abandonou seu instrumento que segundo Dona Floriza (sua esposa), quando jovem estudante, ele já exercia profissão de músico tocando piano nos trajetos de navio de Fortaleza ao Rio de Janeiro. Assim ajudava entreter a tripulação, economizava a passagem e ainda ganhava uma grana durante o percurso.

Segundo o jornalista Willame Tito em sua coluna Cultural "Bravo" publicada no Portal 180 graus, ele afirma que teve oportunidade de ver e ouvir uma das performance do Dr. Alberto ao Piano. Confira abaixo a publicação:
  • "Pouca gente sabe, mas, o político, engenheiro, Alberto Silva, também era músico. Educado nos rigores clássicos do século passado, Alberto tocava piano. Além de ler partitura (pura matemática), também tocava de ouvido.; Tive o prazer, em 1994, de ve-lo tocar em um teclado durante a campanha do então candidato a governador Mão Santa, na Íris Propaganda. Estava tocando um pouquinho, quando ele chegou e pediu para tirar umas notinhas. Começou com Garota de Ipanema em uma versão jazzística do clássico da Bossa Nova. Em seguida, mandou ver na música erudita. A notícia espalhou-se na agência e a platéia aumentou. Ao final, foi aplaudido. Ele agradeceu e disse: "...eu não toco nada, mas, aquele Luizão, é um diabinho..." (referindo-se ao sobrinho, maestro Luizão Paiva)."
Big Band da EMAP/UFPI
  • Um outro episodio interessante em sua vida musical e politica foi quando ele comemorou a vitória para o governo do estado em 1986 tocando ao piano uma composição de Debussy.
Como politico ele trabalhou muito pela música, principalmente pela educação musical. Na decada de 70 trouxe para o Piauí grandes professores de música e criou um grande Centro de Pesquisa que seria mais tarde transformado na Escola de Música de Teresina. Nesta mesma época implantou no Piaui a Universidade Federal do Piauí - UFPI, possibilitando assim a criação de um departamento de música naquela instituição que formou os primeiros professores acadêmicos de educação artistica com habilitação em música no estado.

  • No ano de 2002 criou na UFPI a Escola de Música Adalgiza Paiva - EMAP, que inovou na formação músical no estado introduzindo o Jazz e musica popular na educação musical piauiense.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Silêncio Nas Palavras

  • Dizem que uma foto vale por mil palavras. Nesse post publicamos algumas fotografias históricas que mostram nossos artistas e alguns grupos que marcaram época em importantes momentos da nossa música.

Grupo Artes Tupiniquim, apresentando-se no Teatro de Arena no inicio dos anos 90. Alguns dos componentes que conseguimos idetificar: Zé Rodrigues [flauta], Wilker Marques [clarinete], Nidia Monteiro [Celo], Luciano Santos [Violão].

Aqui, ao centro, idetificamos o cantor Roraima que pela foto não mudou muito nos ultimos anos. Os outros componentes da banda não consigo identificar.

Teatro de Arena em foto nos anos 90, o templo das artes mais democrático da cidade de Teresina.

Grupo Candêia, um dos grupos que marcou história na música piauiense e que infelismente não existem mais. Aqui o grupo foi fotogrado durante um ensaio nos anos 80. Dos componetes que idetificamos: Aurélio Melo [violão], Paulo Aquino [contrabaixo], Nonato Monte [Bateria].

Desta foto eu consigo identificar o cara do centro: é o músicio e compositor Rubenir Miranda.


Aqui a banda de música da Policia Militar do Piauí regida pelo maestro Sebastião Simplicio em 1952.

O velho GB, em pose nos anos 70 (acredito). Geraldo Brito é um dos nossos mais importantes músicos brasileiro (não confundir importância com popularidade), aqui no Piauí. Sua trajetória como músico e compositor carrega uma grande bagagem musical através de sua vivência no iê iê iê, nos festivais anos 70/80, na música regional, na mpb e no jazz. Um dos mais completos Guitar da nossa música.

Esse ai é Edivaldo Nascimento, digno representante do nosso rock, aqui em foto pra lá dos anos 80.


Um encontro histórico: Juntas, lá atrás, as professoras Glinia Daniel e Nidia Monteiro. Ambas, dirigindo um turma de musicalização na Escola de Música de Teresina no final dos anos 80.

  • Em recital nos anos 80: José Nunes [Flauta], Nidia Monteiro [Cello], Verônica Lapa [Piano], e Maristela Gruber [in voice].

domingo, 3 de abril de 2011

Clodo, Climério e Clésio: Os Irmãos Piauienses

  • Os versos de ´Revelação´, música dos irmãos piauienses Clôdo e Clésio, foram ao ar no Fantástico, em uma noite de 1978, como trilha de um clipe produzido para a canção interpretada pelo cearense Raimundo Fagner. A canção ficou entre as músicas mais tocadas nas emissoras de rádio de todo o país nos dois anos seguintes.
"Revelação" é apenas a música que os revelou como compositores e interprete para o grande público, no entanto, desde dos anos 60 que os irmãos já estavam na luta em busca de um espaço como artista.

Antes de "Revelação" em 1976 eles já haviam experimentado o sucesso nacional com a música “Enquanto engomo a calça” uma composição de Ednardo com Climério.

  • O primeiro disco de Clodo, Climério e Clésio veio em 1976, a convite do cantor cearense Ednardo com que mantinham parceria. Assim nasceu “São Piauí” o primeiro disco do trio.

  • O segundo disco,Chapada do Corisco, foi produzido por Fagner. Dominguinhos produziu o terceiro disco,Ferreira”. Os outros três discos foram gravados em Brasilia e lançados de forma independente.

Clodomir, Climério e Clésio Ferreira são irmãos e nasceram no Piauí. Radicados em Brasília desde 1960, são compositores fundamentais na MPB. Clodo é um dos responsáveis pelo sucesso popular de Raimundo Fagner. É dele a canção “Revelação” que colocou Fagner nas paradas de sucesso e o consagrou junto ao grande público.

Nara Leão compôs apenas uma música em sua vida , em parceria com Fagner e Fausto Nilo e essa música se chamou “Cli-Clé-Clô” em homenagens aos 3 irmãos compositores. A canção foi gravado por Nara em seu LP “Romance Popular” de 1981.
Clésio Ferreira faleceu em 07/07/2010 em Brasilia.

Depois da era do vinil, Clodo Ferreira e Climério continuaram em carreiras solo e gravaram alguns CDs. Clodo é o que mantém sua carreira artística mais ativa, realizando apresentações mais constantes em Brasília.

  • Os irmãos Ferreira levaram o Piauí para Brasilia. E eles ficaram conhecidos lá com essa temática. Que não era uma temática exclusivamente piauiense, era uma temática universal, porque eles também entraram nessa temática. Eles faziam versos, aparentemente, despretensiosos, mas. concisos, simples e profundos. Climério afirma que existe uma espécie de sotaque do Piauí nas músicas deles. Eles também tinham influências das músicas românticas e da música nordestina, como um todo.
  • Clodo, Climério e Clésio lançaram seis LPs, em vinil, por gravadoras e produções independentes. Tiro Certeiro é o primeiro CD destes compositores, que tem mais de 150 músicas gravadas por intérpretes como Nara leão, Fagner, Dominguinhos, Tim Maia e Os Cariocas, Simone, MPB-4, Elba Ramalho, Ednardo, Amelinha, Zizi Possi, Fafá de Belém, Marlui Miranda, Ângela Maria e outros.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Banda PMPI e o Conjunto "Os Milionários"

Banda PMPI / 1962
  • As dificuldades de acesso existente até o inicio dos anos 70 do sec. XX, aos mais distantes municípios do Piauí a parti da capital, fizeram com que a banda de música da Policia Militar do Piauí fosse ao longo de muitos anos a única forma de cultura estatal que se fazia presente nesses municipios.

Pesquisando a história da Banda de Música da Policia Militar do Piauí, percebe-se que desde sua criação em 1875 até 1971 (antes da modernização do estado pelo governo Alberto Silva), que a mesma, exercia um papel papel politico cultural que estrapolava as atribuições de uma banda de música de concerto e desfile. A mesma atuava como uma espeicie de centro de difusão da cultura musical no estado.

Para entender melhor o papel exercido pela "Banda PMPI" na época em questão, é necessario que se faça algumas considerações sobre aquele momento hitórico:

  • Não existia naquela época no estado um orgão que fizesse as vezes de uma Secretaria de Cultura;
  • A banda não exercia apenas sua atividade fim (tocar em solenidades), também fazia um trabalho de educação musical formando seus musicos através de sua propria escola de música;
  • Por ser a única referência musical ligada ao gorveno do Piauí seus mestres eram constantemente deslocados para vários municipios a fim de formarem bandas, como por exemplo: o mestre Sebastião Simplicio nas cidades de Valença - Pi e União - Pi; o mestre Pigoreiro nas cidades de Amarante e Piripiri; e o mestre Luiz Santos na cidade de José de Freitas, dentre outros.

A Banda PMPI além de atender as funções oficiais junto ao cerimonial militar da PMPI, atender ao cerimonial do governo do Estado do Piauí e atender a comunidade em geral, atendia ainda uma extensa agenda de apresentações musicais junto aos municipios, pricipalmente nos periodos das festividades religiosas.

Para atender a demanda de solicitações da época, a Banda PMPI mantinha varias formações musicais em seus quandros, como: as bandas de música, os jazz-band, os conjuntos musicais e até uma orquestra de cordas no inicio do sec. XX como nos aponta algumas fontes escritas dos anos 20.

  • Até o final dos anos 50, essas formações viviam uma rotina de deslocamento por todo o estado, viajando em cima de caminhões sem condições de segurança e sem o minimo conforto para os músicos. Trafegavam sobre estradas de chão que somente a força de um comando militar para fazer cumprir tão arduas missões. Essa rotina só se modificou quando no inicio dos anos 60 foi criado a Banda da PMPI nas cidades de Picos, Floriano e Parnaiba.
Jazz Band da PMPI no Inicio dos Anos 40 comanda pelo Brigada Sebastião Simplicio.

O CONJUNO "OS MILIONÁRIOS"
No inicio dos anos 60 do sec. XX, a produção da música de entretenimento passava por mudanças radicais. As orquestras de salões ou jazz bands que estiveram em volga desde o inicio do século davam lugar as novas formações musicais advinda da revolução causada pela amplificação eletrica e sua utilização nos instrumentos musicais. Surgem então os modernos conjuntos musicais, uma formação bem mais leve que as grandes orquestra de música popular, composta apenas por uma seção de base-harmônica: guitarra, contrabaixo, orgão e bateria jazz e uma seção de metais.

Buscando adequar se aos novos tempos em 1963 a PMPI cria o conjunto "Os Milionários". A organização do novo conjunto ficou a cargo do maestro Luiz Santos que para isso contava com integral apoio do comandante da corporação o Coronel Torres de Melo. O nome do grupo "Os Milionários" é uma homenagem ao compositor José Bispo integrante da Banda PMPI e autor da música "o milionário" um dos sucesso do conjunto.
  • Os locais onde antes era animando pelo Jazz Band da PMPI como as tradicionais tertúlias do famoso Clube dos Diários de Teresina, passaram a contar também com a presença do Conjunto "Os Milionarios".
O conjunto "Os Milionários" se tornou muito popular e muitas vezes teve que tocar em outros estados como o Ceará e o Maranhão a convite do governo daqueles estados. O governo do Piauí, de tão grande entusiasmo, mandou trazer diretamente de Fortaleza a gravadora Orgacine, que, ao chegar em Teresina, instalou-se nos estúdios da Rádio Pioneira e gravou long play com "Os Milionarios".
A gravação do LP teve prensagem na RCA Victor de São Paulo. Dentre as canções que compunham o LP estavam: “Baião da Saudade” e “Simplício e seu Clarinete”, (de Luis Santos); “Milionário” (José Bispo); “Linda” (Bruno do Carmo) e “Olha a Bossa” (Simplício). Esse histórico LP foi gravado em 1965 e Os Milionários era composto por: Simplício Cunha (saxofone e clarinete), Edilson Setúbal (piano solovox), Artur Pedreira (bateria), Lourival Marques (baixo), Bruno do Carmo (guitarra), Gabriel Oliveira (percussão) e João de Deus (cantor). Segundo as informações do maestro Luis Santos, o conjunto atuou de 1963 a 1970.

Os Milionários da PMPI
  • A banda PMPI também teve outros conjuntos musicais mas todos foram disolvidos até o final dos anos 70.