sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Dobrado - A Nossa Marcha Cívica


Dentro da variedade dos estilos e formas de composições que compõem o repertorio das bandas de música brasileiras, o dobrado, marcha cívica tradicional que tem sua origem ligada à música militar, é o que mais identifica as corporações musicais do nosso país. Esta afirmação encontra base nas pesquisas que o musicólogo Curt Lange fez sobre as nossas bandas bem como também em estudos feito por outros pesquisadores que se aventuram neste campo.
  • Marchar: Passo cadenciado de um indivíduo, ou de um corpo de tropas.
  • Marcha: Peça musical que se destina a marcar ou evocar o ritmo cadenciado do passo de uma pessoa, ou de um grupo de pessoas em marcha.
  • Marcha Militar: é uma composição instrumental destinada a marcar o passo de uma tropa em desfile nas solenidades militares ou em um deslocamento qualquer de uma tropa.
“A marcha militar de passo-dobrado originou três grandes tradições de composição: o pás-redoublé francês, o pasodoble espanhol e a marcha militar de passo dobrado em Portugal, que em terras brasileira se tornaria o dobrado. O dobrado brasileiro recebeu ainda influencias da marcha militar alemã, além de incorporar elementos da nossa música popular” (Fred Dantas). 

Embora existam marchas para piano, acordeon ou violão, o estilo se desenvolveu, ampliou-se e se diversificou no seio das bandas de músicas militares e posteriormente nas bandas civis. Acreditamos que isto se deu em função da necessidade e adaptação do potencial acústico dos vários tipos de instrumentos de sopro e percussão que compõem as bandas ao caráter e finalidade das marchas para o desfile das tropas. Esta fusão da música marcial com as bandas de música no mundo tornou-se um só corpo indissolúvel e ao fundir-se com as culturas locais chegou a derivar-se em outros estilos variantes, como no caso do Brasil, na marcha de procissão, marcha de carnaval, no frevo e suas variações, entre outros. 

As marchas militares mais antigas que se tem registro são as de Jean Baptista Lully para as bandas de Luis XIV. A partir da Revolução Francesa, Cherubini, Hummel, Beethoven e outros compositores escreveram marchas para regimentos e exércitos. Atualmente, a maior parte das marchas foram escritas entre 1880 e 1914. A marcha militar foi introduzida na música de concerto através das óperas e balé de Lully; sendo seguido por outros compositores. São freqüentes as marchas nas óperas de Haendel, Mozart, Verdi e Wagner. Dentro das marchas escritas para teclado, destacamos as escritas por Schubert, Schumann e Chopin. 

Além da finalidade militar, as marchas podem apresentar características muito diferentes, segundo a finalidade para qual foi composta. 

  • Marcha Fúnebre, com andar lento - Destacamos a marcha da Sonata para piano nº12.op.26 e da 3ª Sinfonia, ambas de Beethoven; também destacamos a célebre marcha de da 1ª Sonata para piano de Chopin. 
  • Marcha Nupcial, com andar solene - Destacamos a Marcha Nupcial de "Sonho de uma noite de Verão" de Mendelssohn. 
  • Marcha Religiosa para acompanhamento de procissão. 
  • Marcha Triunfal para execução em concerto com muito brilhantismo - Como exemplo mais conhecido destacamos a marcha triunfal da ópera "Aida" de Verdi. 
  • Marcha para Dançar geralmente em andamentos rápidos, alegre e festivas, estas marchas, como gêneros da música popular, existem em diversas nacionalidade exclusivamente para comemorações de festividades. A exemplo temos a Tarantela na Itália, Na Alemanha temos às marchas tipicas de dança folclóricas e no Brasil a Marcha de Carnaval e suas derivações.

 · Marcha Militar

Com andar brilhante para desfile. A marcha militar se baseia num ritmo com marcação repetida e regular acompanhado de tambores e bombos marcados nos tempos fracos de cada compasso com intensidade e vibração e sendo abafando nos tempos fortes, enquanto a caixa de guerra mantém o preenchimento do acompanhamento rítmico dos compassos; temos também os pratos marcando a cadencia rítmica em todos os tempos.

Sobre a Marcha Militar, José Roberto Franco da Rocha em Artigo intitulado: "Dobrado: Breve Estudo de um Gênero Musical Brasileiro", assim afirma sobre às marchas militares: 

"Sabemos que, desde tempos imemoriais, pela própria natureza das suas missões, as tropas militares marcharam a pé ou a cavalo. Hoje, se utilizam dos mais modernos meios de transporte e locomoção, mas, historicamente,nos deslocamento pedestres ou hipomóveis, a cadência da marcha sempre variou em função da situação tática. Sabemos, também, que é da mais antiga tradição militar que a cadência dessas marchas fosse marcada por bombos e tambores,acompanhados de pífanos, flautins, trombetas e de outros instrumentos musicais. Por evidente analogia, a marcha, ou seja, o deslocar-se a pé ou montado, com o passar do tempo, passou a ser sinônimo da música produzida pelo grupo que marcava a cadência, durante esses deslocamentos. Disso resultou que, hoje, marcha é a música e marcha é o deslocamento, de tal sorte que fica mais clara a frase: “A tropa marcha ao som da marcha”.

As diversas situações táticas exigem, basicamente, três cadências para os deslocamentos da infantaria: o passo de estrada, que é uma marcha lenta e pesada, usual nos longos percursos; o passo de parada ou passo ordinário, que é uma marcha bem mais rápida, com andamento próximo ao dobro do anterior, utilizada em desfiles, continências e paradas militares; e o passo acelerado,marcha de ataque para a tomada de pontos do terreno ou na carga sobre as linhas inimigas.

Nas tropas de cavalaria, essas cadências correspondiam, aproximadamente, às andaduras ao passo, ao trote e ao galope, enquanto que, para as bandas de música, as cadências desses passos foram se uniformizando bem pertodos seguintes velocidades do metrônomo: 1) o passo de estrada: uma marcha lenta,com marcação entre 68 e 76 tempos por minuto; 2) o passo dobrado: uma marcha rápida, com o metrônomo marcando de 112 a 124 tempos por minuto; e 3) o passo acelerado ou galope, com marcações em torno de 160 tempos por minuto.

Não tardou, porém, para que “passo dobrado”, que designava o andamento das marchas rápidas, passasse a designar, também, a própria marcha ordinária das paradas, continências e desfiles. O Dicionário Aurélio registra, no verbete passo, o significado para passo ordinário: “andadura cadenciada, usada em deslocamento militar, na qual se mantém velocidade que corresponda ao passo normal do pedestre”. Para dobrado encontramos: “música de marcha militar”.

Passo dobrado corresponde, literal e musicalmente, ao passo doppio dos italianos, ao paso doble dos espanhóis, ao pas-redoublé dos franceses ou simplesmente à march de ingleses e alemães. 

A cadência, a divisão rítmica e outras características das marchas militares, principalmente, as da marcha rápida, foram, no entanto, recebendo forte influência do caráter nacional, fazendo com que se cristalizassem muitas diferenças entre elas, segundo a suas nacionalidades.

Os ingleses, por exemplo, possuem uma marcha rápida, a quickmarch, em compasso 6/8 e andamento bem semelhante ao das marchas latinas, porém sua marcha mais tradicional, pesada e arrastada, tem andamento de 108 passos por minuto. A marcha nacional britânica tem, portanto, características distintas das marchas latinas, bem mais rápidas. Distintas, mais ainda, das lépidas marchas americanas, que, a partir da grande popularidade obtida por John Philip Sousa (1856-1932), se fixaram no andamento de 120 passos por minuto.

Grande parte dessa diversidade deve ser atribuída à distribuição dos valores rítmicos imposta pelo compositor à partitura e, também, aos valores rítmicos existentes dentro dos seus compassos. No entanto, avulta sempre a importância de um sentido rítmico inconsciente, condicionado pelo caráter nacional ou por reflexos emocionais dos fatos, épocas e circunstâncias vividos pela comunidade nacional. Não se pode, também, negligenciar a influência decompositores e regentes que, em determinado momento, captaram esse sentido rítmico subjetivo e conseguiram traduzi-lo para modelos duradouros das marchas nacionais. Nessa matéria, merecem destaque Giacomo Meyerbeer (1791-1864), na Alemanha; Giovanni Battista Lully (1632-1687) e François Joseph Gossec (17341829), na França; e bem assim o já citado Philip Sousa, nos Estados Unidos da América do Norte. 

No Brasil não foi diferente, mas, embora tenhamos extraordinários compositores do gênero, não podemos apontar nenhum que, em particular, tenha sido responsável direto pela criação de um modelo nacional de marcha rápida. Podemos, no entanto, verificar que, sendo executada em toda a vastidão do território nacional, a marcha, ou seja, o “passo dobrado” europeu, no transcorrer do século , ficou completamente exposto às influências dos vários outros gêneros musicais, que, por sua vez, já haviam sido inoculados pelas diversidades musical, étnica e cultural das crescentes populações urbanas. Resultou, daí, a gradativa consolidação de uma marcha brasileira, que, sob a denominação genérica de dobrado, foi adquirindo e sedimentando características muito peculiares. E, na medida em que foi se distanciando dos modelos herdados do passo dobrado e das marchas européias, o dobrado foi se consolidando como a marcha nacional brasileira por excelência, de tal sorte que, a partir do último quartel dos anos 1800, o nosso dobrado já possuía características melódicas, harmônicas, formais e contrapontísticas que o distinguiam de outros gêneros musicais, permitindo assim a sua inclusão no rol dos gêneros musicais genuinamente brasileiros."

Estrutura, Estética, Forma Musical e Caracterização do Dobrado

A marcha militar se estrutura em compasso binário ou quaternário, ainda que é mais comum em compasso binário, com forma de minueto e que pode existir isoladamente ou fazer parte de uma Sonata, Sinfonia, Ópera ou outras formas. A marcha militar tem os tempos fortes acentuados, e com um mesmo andamento marcial, se destina, tanto ao desfile cívico-militar como ao concerto em recintos fechados ou em espaços públicos com acústica aberta.

Apesar de um conjunto de características comuns que diferenciam a marcha cívica brasileira das marchas de outras nacionalidades não podemos afirmar que existe uma definição absoluta quanto a sua forma. Podemos afirmar que levando se em conta a maioria das características comuns geralmente inicia-se com uma introdução forte e curta onde pode-se perceber em sua constituição a marcialidade, a cadência firme e o brilhantismo melódico, partindo para uma primeira parte, com repetição, onde é exposta a melodia principal em dialogo com os contracantos. A parte seguinte é o forte, onde solam os graves e onde é encontrada a massa sonora do dobrado. Volta-se à primeira parte e, após breve ponte, chega-se ao trio. O Trio é a parte do dobrado onde o compositor envolve os aspectos harmônicos, rítmicos e melodiosos para expressar traços que caracterizam a personalidade do homenageado e dar um caráter mais humanístico à música. Um dos fatores que contribui para a não existência de uma forma musical definida do nosso dobrado, acredito que tenha sido o isolamento que durante muito tempo, até a primeira metade do séc. XIX, as bandas das cidades interioranas foram submetidas devido às dificuldades de comunicação e locomoção da época. O contato existente entre os grupos era possibilitado pelos músicos que viajavam para as cidades que tinham bandas trocando informações e partituras. Tais intercâmbios possibilitaram a aproximação de uma forma musical comum, mas não sua unificação. As partituras que chegavam com os músicos andarilhos durante muito tempo foram o único meio de integração entre as bandas e a única fonte de referencia para estudo e analise entre os compositores das diversas bandas interioranas. Da forma musical do dobrado de desfile surgiu o dobrado sinfônico que é uma variação do gênero utilizado apenas para concerto. O Maestro e Musicologo Fred Dantas afirma em artigo que: “No Brasil o dobrado, se tornou em certos momentos música de concerto, desapegada da finalidade de utilização para deslocamento militar” chegando a popularizar-se graças a predileção dos mestres de bandas por este tipo de música no repertório de seus grupos para as apresentações nas tradicionais retretas e desfiles que as bandas de música sempre realizavam e ainda hoje realizam nas milhares de cidades brasileiras não deixando de fora do repertório os dobrados compostos por compositores locais."

Marcha de Passo Dobrado ou “Dobrado” Os dobrados são marchas militares especificas feitas com a finalidade de acompanhar deslocamentos de tropas em desfile. Os titulos destas marchas geralmente são para homenagear pessoas, datas ou lugares.

O "dobrado", como estilo de composição com as características que tem hoje, evoluiu da marcha militar tradicional, a fim de atender um maior percurso de deslocamento das tropas sem que tivesse que reiniciar a mesma marcha em um pequeno espaço percorrido. Procurando atender esta necessidade a forma da marcha militar foi alterada com uma dobra no numero de compassos de 16 para 32 compassos dentro de cada parte que compõem a forma tradicional deste tipo de composição.

Alguns dos Principais Dobrados Brasileiros

A quantidade de compositores nas bandas de música no brasil é imensa, e em cada banda existente no território nacional sempre encontramos compositores com obras deste gênero musical.

  • Dobrado Batista de Melo - Manoel Alves
  • Dobrado Cisne Branco - Antonino Manoel do Espirito Santo
  • Dobrado Quatro Dias de Viagem - Antonino Manoel do Espirito Santo
  • Dobrado Barão do Rio Branco - Francisco Braga
  • Dobrado Janjão - Joaquim Naegeles
  • Dobrado Verde e Branco - Estevam Moura

Alguns Dobrados Compostos em Terras Piauienses

Uma boa quantidade de compositores no Estado do Piauí também tem escrito suas obras nesse gênero.

  • Dobrado Benedito Manoel da Luz - Sebastião Simplicio
  • Dobrado Cmt Dário Coêlho - Sebastião Simplicio
  • Dobrado 21 de Abril - Simplicio Cunha
  • Dobrado 13 de Março - Simplicio Cunha
  • Dobrado Guerreiro Alado - Rocha Sousa
  • Dobrado Gratidão do Mestre - Rocha Sousa
  • Dobrado Cmt Edvaldo - Rocha Sousa
  • Dobrado Torres de Melo - Manoel Fabiano
  • Dobrado Tenente Elizeu - Francisco Angelo da Silva
  • Dobrado Tenente Paz - Francisco Angelo da Silva

Referencias Bibliográficas

Rocha Sousa, A. Carlos: Artigo - "Estética e Evolução da Marcha Cívica Brasileira", 2009 

Franco da Rocha, José RobertoArtigo - "Dobrado: Breve Estudo de um Gênero Musical Brasileiro", 2012

TinhorãoJosé Ramos: Livro - ”Historia Social da Música Brasileira, Ed. Caminhos da Música Popular”

Dantas, Fred: Livro - "Teoria e Leitura da Música para Filarmônicas", 2000 

20 comentários:

  1. O Dobrado Batista de Melo não seria do compositor Matias de Almeida? porque em algumas partituras de algumas bandas tenho observado essa contradição em relação ao autor deste dobrado. muito boa a pequisa, parabéns meu querido,um abraço, Auciran Roque

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    1. Isso. O dobrado Batista de Melo foi composto por Matias de Almeida a pedido do senador da República Joaquim Batista de Melo, para homenagear a posse do Marechal Hermes da Fonseca, eleito Presidente do Brasil em 1910.

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  2. Batista de Mello, é de autoria do músico Manuel Leite Alves, nascido possivelmente na cidade de Elói Mendes-MG. O Dobrado foi composto entre os anos de 1890 e 1896,- ainda no alvorecer da Republica-, em homenagem ao fazendeiro da região, conhecido por Batista de Mello. Acontece que Matias de almeida tinha excelente caligrafia, e assinava as cópias feita por ele. Por um descúido, esqueceu de anotar ''Batista de mello'' lá no canto superior da partitura.E aí veio a confusão.

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    1. Embora particularmente acredite que o dobrado Batista de Melo seja de autoria do Manuel Alves Leite baseado nas partituras mais antigas que tive acesso referi-se a esse autor. mas, no entanto, não posso deixar de registrar que existe uma referencia sobre a autoria ser de Mathias de Almeida em uma pesquisa que tive acesso sendo que esse compositor o compôs a partir de um pedido do Senador da República Joaquim Batista de Melo para celebrar a posse do Marechal Hermes da Fonseca, eleito Presidente do Brasil em 1910.

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    2. Senador, não; mas deputado federal por Minas Gerais, sim:MELO, Joaquim Batista de
      *dep. fed. MG 1912-1914.
      Joaquim Batista de Melo nasceu em Varginha (MG). Era filho adotivo de
      Joaquim Elói Mendes, o barão de Varginha, e de Mariana Bárbara da Conceição. Herdou
      do pai, além da situação econômica, o prestígio político que o fez se destacar na região.
      Ingressou na política ao ser eleito chefe do Executivo do município de Varginha para o
      período de 1895 a 1897. Foi o responsável pela criação do estatuto da Câmara dos
      Vereadores. Além disso, buscou difundir o gosto pela leitura no município, reformando e
      ampliando a biblioteca pública e incentivando concursos literários. Encerrada sua gestão,
      afastou-se da vida pública para administrar os negócios da família. Retornou à política em
      1912 ao ser eleito deputado federal. Assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados, no Rio
      de Janeiro, então Distrito Federal, em 3 de maio do mesmo ano e exerceu o mandato até 31
      de dezembro de 1914, quando se encerrou a legislatura.
      Fundou o jornal Aurora da cidade de Elói Mendes (MG), onde faleceu.
      .
      Ioneide Piffano Brion de Souza

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  3. Independentemente da verdadeira autoria de Batista de Melo a pesquisa está excelente e muito bem exposta. Lamento o tempo em que nossos copistas de outrora (uma parte significativa deles) não tinham o costume de anotar o nome do autor da obra, nem o autor da letra (quando essa existia). Questão da nossa cultura tupiniquim. Mas nada que não possa ser revertido ainda.

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  4. Ainda sobre a autoria do dobrado Batista de melo!....Não há dúvidas, que foi composto por Manuel Alves ( Leite? )....Pela minha pesquisa; cheguei a esta conclusão: Nunca existiu senador da república, com o nome de Joaquim Batista de Melo!....O autor desse dobrado, sempre foi o músico Manuel Alves, desde a sua aparição ocorrida entre os anos de 1890 e 1899....Isto é fato!....Existia até bem pouco tempo, nos arquivos da banda da "Força Pública de São Paulo", e da banda do "Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro"; partituras manuscritas desse tempo, e constando o nome do compositor, Manuel Alves ( Leite? )....Eu mesmo, fiz uma pesquisa na editora "Musical Santoni" - São Paulo ( responsável pela edição das partituras ), e lá ouvi esta mesma afirmativa -- até me disseram, que o senhor Matias de Almeida, era apenas um excelente copista, que as vezes esquecia de assinalar, o nome dos autores!....Aliás, o dobrado "Mato Grosso", não é de sua autoria; e sim, do músico L. V. Almeida ( segundo a "Musical Santoni")....Há também, no encarte do selo "Revivendo"- 1991; citação da jornalista Ruth Rocha; em que afirma: o compositor Manuel Alves, homenageia através deste dobrado; o cidadão Batista de Melo -- uma personalidade importante, do interior de Minas Gerais!....( Texto e pesquisa: Prof. e músico Walmir Dantas -- São Paulo ).

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  5. Meu caro, Rocha Souza!....Parabéns pelo trabalho de divulgação da musicalidade piauiense; mostrando que no estado do Piauí, existe sim; músicos, compositores e maestros que colaboram com a cultura da música instrumental, através das "bandas de música"....( Walmir Dantas -- São Paulo ).

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  6. Meu caro, Rocha Souza!....Parabéns pelo trabalho de divulgação da musicalidade piauiense; mostrando que no estado do Piauí, existe sim; músicos, compositores e maestros que colaboram com a cultura da música instrumental, através das "bandas de música"....( Walmir Dantas -- São Paulo ).

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  7. Ainda sobre a autoria do dobrado Batista de melo!....Não há dúvidas, que foi composto por Manuel Alves ( Leite? )....Pela minha pesquisa; cheguei a esta conclusão: Nunca existiu senador da república, com o nome de Joaquim Batista de Melo!....O autor desse dobrado, sempre foi o músico Manuel Alves, desde a sua aparição ocorrida entre os anos de 1890 e 1899....Isto é fato!....Existia até bem pouco tempo, nos arquivos da banda da "Força Pública de São Paulo", e da banda do "Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro"; partituras manuscritas desse tempo, e constando o nome do compositor, Manuel Alves ( Leite? )....Eu mesmo, fiz uma pesquisa na editora "Musical Santoni" - São Paulo ( responsável pela edição das partituras ), e lá ouvi esta mesma afirmativa -- até me disseram, que o senhor Matias de Almeida, era apenas um excelente copista, que as vezes esquecia de assinalar, o nome dos autores!....Aliás, o dobrado "Mato Grosso", não é de sua autoria; e sim, do músico L. V. Almeida ( segundo a "Musical Santoni")....Há também, no encarte do selo "Revivendo"- 1991; citação da jornalista Ruth Rocha; em que afirma: o compositor Manuel Alves, homenageia através deste dobrado; o cidadão Batista de Melo -- uma personalidade importante, do interior de Minas Gerais!....( Texto e pesquisa: Prof. e músico Walmir Dantas -- São Paulo ).

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    1. Muito esclarecedor, Sr. Vavá, o vosso comentário e com certeza colabora para elucidar dúvidas sobre a autoria do Dobrado Batista de Melo.

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    2. Leia meu comentário. Tenho documentos q vão esclarecer dúvidas de vcs

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    3. como eu escrevi ontem. O Senador Joaquim Batista de Melo filho adotivo do Barão Joaquim Eloy Mendes. Era senador estadual, deputado federal, comendador da Ordem da Rosa, Coronel da Guarda Nacional. Nasceu e faleceu aqui em Elói Mendes, MG, conheci muitas pessoas que o conheceram e contam como ele contava a historia deste dobrado que leva seu nome. Se interessarem em saber detalhes sobre ele entrem em contato comigo no meu face.. que escrevi um livro sobre a cidade e lá tem páginas sobre o senador Batista de Melo. Face = comendador Francisco Carlos. Abç.

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    4. MELO, Joaquim Batista de
      *dep. fed. MG 1912-1914.
      Joaquim Batista de Melo nasceu em Varginha (MG). Era filho adotivo de
      Joaquim Elói Mendes, o barão de Varginha, e de Mariana Bárbara da Conceição. Herdou
      do pai, além da situação econômica, o prestígio político que o fez se destacar na região.
      Ingressou na política ao ser eleito chefe do Executivo do município de Varginha para o
      período de 1895 a 1897. Foi o responsável pela criação do estatuto da Câmara dos
      Vereadores. Além disso, buscou difundir o gosto pela leitura no município, reformando e
      ampliando a biblioteca pública e incentivando concursos literários. Encerrada sua gestão,
      afastou-se da vida pública para administrar os negócios da família. Retornou à política em
      1912 ao ser eleito deputado federal. Assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados, no Rio
      de Janeiro, então Distrito Federal, em 3 de maio do mesmo ano e exerceu o mandato até 31
      de dezembro de 1914, quando se encerrou a legislatura.
      Fundou o jornal Aurora da cidade de Elói Mendes (MG), onde faleceu.
      .
      Ioneide Piffano Brion de Souza

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  8. é como um vasculhar tesouros encontrar e examinar está publicação e os comentários complementares que se seguem.
    obrigado, senhores


    .Tango - Mike Mike

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  9. Mas o senador Batista de Melo era daqui de Eloi Mendes...escrevi a biografia dele...está sepultado aqui e tem descendentes dele aqui. ..a história do dobrado é real..

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  10. Como pesquisador e advogado que colaborou com dezenas de biografias para o CPDOC da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, transcrevo a biografia que foi publicada no trabalho da FGV: Joaquim Batista de Melo nasceu em Varginha (MG). Era filho adotivo de Joaquim Elói Mendes, o barão de Varginha, e de Mariana Bárbara da Conceição. Herdou do pai, além da situação econômica, o prestígio político que o fez se destacar na região. Ingressou na política ao ser eleito chefe do Executivo do município de Varginha para o período de 1895 a 1897. Foi o responsável pela criação do estatuto da Câmara dos Vereadores. Além disso, buscou difundir o gosto pela leitura no município, reformando e ampliando a biblioteca pública e incentivando concursos literários. Encerrada sua gestão, afastou-se da vida pública para administrar os negócios da família. Retornou à política em 1912 ao ser eleito deputado federal. Assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 3 de maio do mesmo ano e exerceu o mandato até 31 de dezembro de 1914, quando se encerrou a legislatura. Fundou o jornal Aurora da cidade de Elói Mendes (MG), onde faleceu.

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  11. José Carlos de Juiz de Fora-MG6 de maio de 2018 às 14:50

    Boa noite !!!

    Desejo parabenizar Rocha Sousa pela pesquisa e pelo texto publicado.
    Sou Regente de Banda e Música e sinto muito não haver informações disponíveis sobre a origem das Músicas que tocamos.
    Também, agradeço e parabenizo os comentários que enriquecem mais ainda as informações aqui prestadas.
    Sempre que posso procuro esclarecer os Músicos da Banda de Música e a assistência sobre a História das Músicas que executamos, destacando os Compositores e os Arranjadores.
    Muito obrigado !!!
    Grande abraço a todos !

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  12. Por favor, alguém sabe informar a data de nascimento e morte do compositor Manoel Alves Leite?

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  13. Trata se de excelente pesquisa a ser realizada. Recomendo vasculhar os livros de tombo da paróquia da cidade, e possivelmente aí encontrarão valiosos subsídios.

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