Maestro Rocha Sousa
- Há exatamente um ano e seis meses atrás estava assumindo a Fundação Municipal de Cultural Monsenhor Chaves da Prefeitura Municipal de Teresina, o Professor Cineas Santos. Com grandes discursos inflamados e eloqüentes, prometia mudanças radicais nas ações que vinham sendo executada naquele órgão. Foi assim que o Professor e uma equipe composta de alguns amigos do peito assumiram (ou tomaram posse), a administração da Fundação Monsenhor Chaves.
Passado os dezoito meses, tempo que durou a administração do Professor Cineas Santos, fazemos aqui uma ligeira analise de sua estada a frente daquele importante órgão cultural do nosso município. Não duvido das intenções do professor em fazer uma grande administração, mas, infelizmente a revolução prometida não aconteceu. Ao contrario, em sua passagem a frente da administração da Monsenhor Chaves, aconteceram alguns erros que infelizmente comprometem em muito uma boa avaliação da imagem de sua administração. Dentre estes podemos citar:
- Erro 1: O Professor fez uma administração desprezando os funcionários efetivos antigos e experientes da casa e confiou apenas aos convidados de sua equipe a maioria das funções gratificadas, não respeitando o limite de 30% que a lei sugere que sejam preenchidos por funcionários de carreira do órgão.
- Erro 2: Seria legal também que a administração do professor interagisse com os artistas e demais agentes da cultura que foram alijados do protagonismo cultural. Em sua administração sua equipe fazia todos os planejamentos só, sem abertura para participação dos outros envolvidos no processo que apenas executavam, como em uma ditadura.
- Erro 3: Implantação e valorização de novos projetos culturais de cunho pessoal e desprezo e desvalorização de projetos culturais antigos e premiados da casa que vinham sendo executados há mais de dez anos como o projeto Bandas-Escolas que foi desprezado por um ano e só vindo a retomar sua manutenção normal mais recentemente quando o maestro Vitalino assumiu sua coordenação.
Para encerrar esta analise que não tem a eloqüencia dos discursos do digníssimo professor, mas, a compreensão politica do Cabloco Piauí que sou, pergunto apenas quanto custa qualificar um músico profissional no Piauí como os que foram qualificados na Escola de Música Adalgisa Paiva (EMAP/UFPI) pelo maestro Luizão Paiva em convênio com a Prefeitura de Teresina durante seis anos e que a administração Cineas Santos acabou.
- Passado esse momento administrativo na Monsenhor Chaves posso dizer que nada foi diferente nesta administração do que fazem os velhos políticos na administração pública brasileira, apenas hipocrisia de quem tanto promete e não cumpre.
Somos artistas. E artista deve naturalmente ter o espírito e o pensamento livre. Sem isso, toda a criação fica comprometida. É isso! Vamos nos expressar!!!
PT Acabou!
* Maestro Rocha Sousa é músico, compositor, arranjador, mestre de banda e cabloco piauiense nascido em José de Freitas-Pi, criado em União-Pi e radicado em Teresina-PI desde os 12 anos. É autor entre outras de Rapsódia Sertaneja com Temas do Folclore Piauiense Para Banda Sinfônica (pesquisa folclórica), presente no repertório das grandes bandas sinfônicas brasileiras.
- Pequeno documentário sobre o trabalho desenvolvido na Escola de Música Adalgisa Paiva (EMAP/UFPI) sob o comando do maestro Luizão Paiva.
o q foi feito com a Escola de Música Adalgisa Paiva (EMAP/UFPI) foi muito triste, não só acabou com a Escola, mas tb com o sonho de muitos músicos do Piauí.
ResponderExcluirNa sabedoria da cultura popular uma pessoa pode morrer em paz depois que tiver completado sua missão na terra: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Tudo no seu tempo.
ResponderExcluirNo caso, acredito que o professor pode até ter feito essas três coisas em sua vida mas não acredito que possa morrer e descançar em paz, porque não pode descansar em paz uma pessoa que contribuiu ou mandou fechar uma escola que ensinava musica aos filhos dos pobres.
Só um ingnorante mesmo seria capaz de tal fato... e agora vai carregar pelo resto da vida o carma de ser o professor que mandou fechar uma escola.